Desde que regressei dos teus braços
fui apanhada
pelas obrigações.
Nem tenho tido pausa para te fazer versos.
Mas penso em ti a toda a hora.
Nem imaginas como
me fazes falta.
Contigo sinto-me liberta da força
da gravidade.
À despedida prometi-te voltar em breve
para mais uma semana contigo
mas não consigo escapar
aos que aqui me retêm.
O calendário e agenda agrilhoaram-me.
Todos os dias os meus olhos pedem ao Mar da Palha
em frente
que te leve saudades minhas
tantas!
E o da Caparica
e também o da Costa do Sol oferecem-se para me compensar
da tua ausência.
Mas nenhum te poderá substituir
meu mar
natal!
Só dentro de ti me sinto livre do peso de ser gente
e das artroses dos meus pobres ossos
amor da minha vida
que nunca me traíste
e também nunca por mim foste traído
ou esquecido.